Essa curiosidade já foi tema de filmes sobre catástrofes, mas ainda causa incertezas na comunidade científica sobre suas reais conseqüências. Se um dia a Terra parar de girar, o mais provável é a extinção total de vida no planeta, afirma o biólogo Wellinton Delitti, do Departamento de Ecologia do Instituto de Biociência da USP. Ainda segundo ele, acredita que esse fenômeno começaria paralisando primeiramente o sistema climático, logo depois a circulação marinha e a vida dos seres humanos. Diz ainda que "uma área do planeta ficaria virada para o Sol, podendo ficar exposta a altas temperaturas, assim como outra parte ficaria totalmente escura, com a possibilidade de baixíssimas temperaturas".Em razão dessas consequências citadas, a possibilidade de algum ser vivo sobreviver seria pouco provável. "Talvez tivessem alguma chance os organismos que vivem no fundo do mar, próximos a abismos que expelem calor das profundezas da Terra, já que eles têm a vida baseada na quimiossíntese (que não depende da luz solar)''. Apesar de esperança na sobrevivência de algumas espécies o biólogo destaca que seria uma catástrofe inimaginável acabando com todo o ecossistema terrestre. Já o professor Marcelo Knobel, do Instituto de Física da Unicamp, destaca que as consequências do fim do movimento de rotação da Terra poderiam ser determinadas."A Terra sairia de uma velocidade de aproximadamente 900 km/h (em latitude de 45°) para zero, causando uma forte freada, mas essa velocidade pode variar, dependendo da latitude''. Ainda segundo Knobel provavelmente os prédios e casas de todo o mundo cairiam e um terremoto assolaria a superfície terrestre. Já a gravidade não mudaria em absolutamente nada e poucas coisas seriam alteradas em relação a isso. Knobel acrescentou ainda que o conceito de dia e noite sofreria graves mudanças, ou seja, o dia no planeta não teria mais um período de 24 horas, e sim, a duração de um ano. "Essa variação depende absolutamente da rotação terrestre", completou.
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